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![]() A crônica francesa do século XI testemunha que três Borzóis seguiram a filha do Grande Duque de Kiew, Anna Iaroslavna, quando ela chegou à França, para se casar com Henrique I. Entre os proprietários e os criadores, havia muitas pessoas célebres, incluindo os Tzars e os poetas: Ivan "O Terrível", Pedro "O Grande", Nicolas II, Pouchkine, Tourgueniew.
Os exemplares remanescentes conseguiram propagar a raça, e, levado para os Estados Unidos, o Borzoi rapidamente adquiriu o status de cão glamouroso, freqüentemente visto ao lado de celebridades do cinema.
Conhecido também como Russian Wolfhound, foi apresentado pela primeira vez numa exposição em 1891, na Inglaterra. No Brasil há vários criadores da raça, mesmo que ela não seja muito popular aqui assim como em outros países da Europa.
Pode-se dizer que a personalidade do Borzoi combina bem com sua origem aristocrática. É um cão de uma elegância singular e de temperamento único. Como a maioria dos cães da família dos sighthounds (que inclui os Afghans, Salukis e Whippets), é um cão inteligente, independente e sensível, que combina qualidades dos cães de caça e companhia de maneira peculiar. São muito discretos com pessoas estranhas e não são do tipo ´festeiro´ nem com as pessoas da família, apesar de, ao seu modo, serem extremamente amorosos com seus donos. Sua independência não a indica para uma casa em que tenha que conviver com crianças, uma vez que pode se incomodar com suas brincadeiras. Se forem criados desde cedo em contato com crianças, o convívio pode ser melhor, no entanto, e até em função de seu tamanho (machos com no mínimo 70cm de altura) o contato deve ser sempre supervisionado por um adulto.
A paixão natural de um Borzoi por uma boa corrida faz com que não seja recomendado andar com um exemplar sem coleira. São cães bastante ativos e que necessitam de espaço para serem exercitados e desenvolverem a musculatura adequada para a raça. Na escala de inteligência elaborada por Stanley Coren, em seu livro A Inteligência dos Cães o Borzoi está na 75ª posição. Mas se o objetivo for um cão obediente no sentido ´tradicional´, um cão que vá seguir todas as suas ordens, o Borzoi, assim como as demais raças deste grupo, não são os mais indicados. Nos Estados Unidos são frequentemente vistos participando de competições de velocidade e agilidade, onde obtém excelentes resultados. O Borzoi quando filhote é considerado um cão muito ativo e dinâmico, podendo vir a apresentar comportamentos destrutivos se não tiverem como extravasar sua energia. Por isso é fundamental que os filhotes tenham espaço para exercícios. O ideal é que os cães sejam sempre exercitados em ambientes cercado (mais de 1,60m de altura) ou seguro, pois a qualquer momento ele pode resolver seguir seu instinto de caça e corrida e você pode acabar ficando sem o seu companheiro. São cães sensíveis e de excelente memória, por isso as repreensões devem ser muito bem dosadas. Apesar de fugirem do estereotipo de cães "obedientes", são capazes de rapidamente compreender o que pode e o que não pode.
A pelagem do Borzoi é encaracolada e longa. Apesar do aspecto viçoso, a pelagem não requer cuidados especiais para sua manutenção, mas é fundamental que sejam bem escovadas com frequência para que se possa evitar a formação de nós.
Todas as combinação de cores são aceitas, menos com o azul, o marrom (chocolate) e todos os derivados dessas cores. Ainda no quesito COR, a pelagem pode ter cores uniformes ou separadas em manchas sobre o fundo branco. As franjas, os culotes e a Cauda em forma de penacho são consideravelmente mais claros do que a cor de fundo. Para as cores encarvoadas, a máscara preta é típica. O Borzoi está propenso a apresentar torção gástrica. Esta doença caracteriza-se pela torção do estômago, causando compressão da circulação na região abdominal. Pode levar à morte, se o cão não for operado o mais rápido possível. Outra característica especialmente grave para todos os cães deste grupo é a sensibilidade a anestesias, que devem ser muito bem estudadas pelos veterinários que cuidam de exemplares da raça. |