Personalidade Problemas comuns à raça Norfolk & Norwich O Filhote Padrão - Norfolk Padrão - Norwich  
  A história do Norfolk e do Norwich terrier são completamente interligadas em sua origem e hoje, o que realmente diferencia ambas as raças é o formato e posicionamento das orelhas, que no cado do Norfolk são caídas enquanto que as do Norwich são eretas.

A origem de ambas as raças remonta ao final do século passado, quando, nos distritos de Cambridge e de Norwich, no condado de Norfolk, existiam pequenos terriers cor de fogo, ainda menores que a maioria dos terriers.

Utilizavam-nos na caça à raposa e ao texugo. Particularmente, os que Fred Law tinha chegaram inclusive a ganhar uma certa fama no país, a ponto de vir a ceder alguns deles à matilhas de cães que caçavam veados, em especial às matilhas de Jack Cooke e Jodrel Hopkins. Sem dúvida e apesar de toda a audácia de que estes cães podiam estar dotados, é pouco provável que fossem usados para ajudar os Staghounds a caçar raposas. O mais certo é que sua missão consistisse em eliminar os roedores das casas e suas cercanias.

Segundo boa parte dos historiadores, a origem dos Norwich e Norfolk Terriers reflete uma série de acasalamentos de raças bastante distintas, como Bedlington Terrier (que ainda não tinha o seu aspecto moderno) e o Staffordshire Bull Terrier, assim como um terrier dourado, uma espécie de Irish Terrier de patas curtas. 

O principal objetivo dos fazendeiros era desenvolver uma raça de cães que pudesse trabalhar a terra de maneira eficiente, além de perseguir pequenos animais que invadissem as plantações ou rebanhos. Precisavam de um cão que pudesse afugentar animais escondidos no solo. Para tanto, este cão deveria ter pelagem protetora, espírito aguçado para a caça e constituição forte. O Norfolk Terrier apresenta todos estes traços.

Além disso, por seu pequeno tamanho, estes estupendos e rústicos cães também passaram a ser utilizados como cães de companhia.

Apesar de sua antiguidade, a raça só foi reconhecida oficialmente pelo The Kennel Club em 1932, com o nome de Norwich Terrier. Nesta época não havia uma determinação quanto ao porte das orelhas que variava de exemplar para exemplar conforme o resultado do acasalamento. E mesmo quando se acasalavam 2 exemplares com o mesmo tipo de orelhas, os filhotes não necessariamente portavam o mesmo tipo de orelhas dos pais. Como os criadores realmente não conseguiam chegar a um acordo quanto ao tipo de orelhas que desejavam, foi solicitado ao The Kennel Club que dividisse a raça em duas, e cada uma delas teria um formato específico de orelhas. Essa divisão ocorreu em 1965, quando ficou definido que todos os Norwich com orelhas empinadas receberiam o nome de Norwich Terrier e os com orelha caída o nome de Norfolk Terrier.


Personalidade

Apesar de serem uma das menores raças do grupo, são cães "inteiramente Terrier", ou seja, muito energéticos e exímios caçadores. No lar, os Norfolk Terrier têm uma personalidade encantadora e são leais ao seu dono. São cautelosos com estranhos, mas aceitam bem todos a quem são apresentados.

São cães bastante inquietos e ativos e essa característica é tão marcante que o padrão da raça inclui o termo "pequeno demônio"  para descrever estes cães.

Sua personalidade extremamente extrovertida e alegre faz com que estejam sempre absolutamente prontos para qualquer atividade e praticamente incansáveis, o que faz deles bons companheiros para crianças mais velhas, que saberão conviver com estes pequenos cães.

Apesar do tamanho reduzido e do temperamento alegre, são cães bastante rústicos e que não tem nada de ´bichos de pelúcia´ ou cães de colo.

Excelentes como cães de alarme, são cães que se adaptam facilmente à vida dentro de casa desde que lhes seja garantido espaço e exercícios para que gastem suas energias. São exímios na prática do agility, dada sua conformação e agilidade.

Na classificação do pesquisador Stanley Coren, em seu livro ‘A Inteligência dos Cães’, o NorfolkTerrier ocupa a 56ª posição entre as 133 raças pesquisadas. Como são cães extremamente ativos e determinados, é altamente recomendável que desde cedo o proprietário inicie um programa de adestramento de obediência com seu cão, com o objetivo de tornar a convivência mais fácil para ambas as partes.


O Filhote

A educação do filhote requer, acima de tudo, paciência. Especialmente quando o filhote já tiver aproximadamente 6 meses e estiver trocando seus dentes, deve-se evitar que os móveis sejam seu alvo preferencial. Para isso, convém fornecer brinquedos próprios para esta fase.

Como os adultos, os filhotes são muito ativos e curiosos e devem ser educados desde cedo. O adestramento básico de obediência é extremamente recomendável para cães que possuam estas características de independência e, de maneira geral, os resultados aparecem tanto mais rápido quanto maior for o envolvimento do dono no processo de treinamento.

Não devem ser deixados sozinhos por longos períodos, uma vez que sua curiosidade e necessidade de atividade farão com que procurem alguma distração, o que nem sempre trará resultados agradáveis para o dono.


Pelagem

Como seus demais parentes de ´pelo duro´, estão entre as raças que não enfrentam a muda na mudança de estações. Apesar disso, precisa de cuidados para que seu pelo se mantenha saudável e bonito. Sua pelagem repele a maioria do pó e não necessita tosa e escovação freqüentes, algo que o diferencia de outros Terriers.

Os cães de exposição nunca podem ser cortados com tesoura uma vez que essa prática muda a consistência da pelagem e pode até mesmo a tonalidade original dos marcas. As tosas de exemplares de pista devem ser feitas à base do stripping, que consiste na retirada manual dos pelos com a ajuda de uma faquinha apropriada. Esse procedimento só deve ser realizado por profissionais competentes.


Problemas comuns à raça

O Norfolk Terrier, de maneira geral, é um cão rústico, sem muitos problemas de saúde. Os registros dos clubes americanos da raça enfatizam especialmente a presença de alguns distúrbios de fundo genético como: