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Qualquer que seja a teoria para explicar sua origem, não há dúvidas de que a raça sempre foi utilizada para o pastoreio e a defesa dos rebanhos, especialmente contra os grandes predadores na região dos Pirineus. Os primeiros documentos que versam sobre o Cão dos Pirineus datam do final do século XIV, e mostram que alguns cães da raça serviam como guardiões dos Castelos de Foix, Orthez e Cascassone. Mas foi em 1675 que a raça foi surpreendida com a ´fama´ ao ser escolhido como mascote pelo filho do Rei Luis XIV. Mas a verdadeira expansão da presença e do conhecimento do Cão dos Pirineus, para além das suas montanhas, ocorreu no século XIX com o advento do Romantismo e o fenômeno de valorização da ´beleza selvagem´, que fez com que estes cães, inicialmente admirados capacidade de trabalho, passassem a ser admirados pela beleza e, mais tarde, pelo seu temperamento. Em 1824 aconteceu a primeira tentativa de introdução da raça na América pelo General Lafayette e em 1843 foram introduzidos na Austrália para guardar os rebanhos numa exploração em Hamilton.
Estes cães ainda foram utilizados na 2ª Guerra Mundial como cães mensageiros por unidades francesas baseadas nos Pirineus e participaram de acasalamentos visando recuperar a raça São Bernardo.
PersonalidadeO Cão dos Pirineus, em sua origem, era utilizado em um número bastante diverso de atividades, especialmente a de guarda do rebanho. Seu tamanho avantajado fazia com que fosse, ainda, utilizado pelos pastores na guarda das propriedades, fazendo rondas noturnas e latindo para eventuais invasores.
Justamente por possuir uma constituição bastante pesada, é recomendável que receba o adestramento de obediência desde cedo, já que controlá-lo depois de adulto e pesando mais de 60 Kg não é tarefa fácil. Na classificação de Stanley Coren, em seu livro "A Inteligência dos Cães", o Cão dos Pirineus ocupa a 64ª posição, o significa que o dono precisa ser bastante paciente para que obtenha bons resultados no adestramento. Para que se desenvolva de forma adequada, o Cão dos Pirineus precisa de espaço para movimentar-se e, principalmente, de contato com as pessoas da casa. Não é um cão que possa ser deixado no fundo do quintal. Apesar de seu tamanho gigante, é um cão extremamente delicado com crianças, mas deve-se ter muito cuidado para que durante uma brincadeira mais estabanada, a criança se machuque com um tranco. Com outros animais, em função de seu passado como pastor, a relação pode ser bastante boa, mas deve-se ter especial cuidado quando se pretende ter o Cão dos Pirineus com outros cães e mais cuidado ainda quando se tratarem de 2 exemplares do mesmo sexo.
O FilhotePor se tratar de uma raça que apresenta um crescimento muito rápido, os filhotes precisam receber um acompanhamento cuidadoso, especialmente quanto aos ossos e musculatura. O principal cuidado deve ser com a alimentação, para garantir níveis adequados de proteínas e cálcio. No entanto, qualquer suplementação de vitaminas e cálcio só deve ser feita com a orientação do veterinário, uma vez que o excesso destes componentes também causa problemas no desenvolvimento do filhote.
PelagemA pelagem do Cão dos Pirineus é, predominantemente, branca e abundante. Por isso mesmo, a raça demanda cuidados extras para a manutenção saudável dos pelos, que, durante o período da muda, caem de maneira abundante. É absolutamente essencial que o cão seja escovado pelo menos 2 vezes por semana. Os filhotes, ao nascer, podem apresentar manchas no pelo que, com o tempo desaparecerão, mas mesmo segundo o padrão oficial da raça, é admissível a presença de manchas cinzetas, amarelo-claro ou laranja mesmo na fase adulta. Em geral o Cão dos Pirineus é um cão bastante saudável e de constituição muito rústica. Como todas as raças de grande porte, podem sofrer de problemas como:
Embora tenha sido criado e desenvolvido em climas bastante frios, pode se adaptar à vida em países mais quentes, desde que se garanta ao cão espaço fresco para o abrigo durante o dia. |