Raças Brasileiras - Parte 1
A raça Buldogue Campeiro desenvolveu-se especialmente na região sul do Brasil a partir dos antigos Bulldogues, trazidos para o Brasil pelos europeus desde o século XVIII. Numa região em que a criação de gado era uma das principais atividades econômicas, os cães eram utilizados na captura do gado selvagem e também no trabalho dos matadouros, nos quais tinha a função de imobilizar o boi bravo sempre que necessário. Dentre os cães que atuavam nesta função, foram sendo selecionados os que mais se adequavam ao trabalho e assim, com o passar do tempo, foram afastando-se da aparência tradicional dos Bulldogues Ingleses. Os exemplares que mais se aproximavam do tipo físico dos bulldogues (mais baixos e atarracados) foram sendo afastados do dia-a-dia do gado, uma vez que levavam desvantagem em percorrer longas distâncias e em não poder tracionar segurando o boi. Outros cães, frutos de acasalamentos indiscriminados, ficavam altos demais e perdiam o instinto de ´pegador´. Na década de 70, o criador Ralf Schein Bender, decidiu dedicar-se à criação sistemática da raça e para tanto, empreendeu uma longa pesquisa procurando identificar novamente os cães e recuperar as características básicas da nova raça, que deve ter um corpo forte, a cabeça larga com fortes maxilares; o focinho largo e forte, não curto como o do atual Bulldog Inglês, nem tão comprido como o do Bullmastiff, para que pudesse morder e segurar um boi independentemente do peso. A pelagem do Bulldogue Campeiro é lisa, de textura média (nem muito macia nem muito dura). Tem pelo curto e todas as cores são permitidas, mas há grande predominância do dourado ou tigrado, sólido ou com branco. Os cães totalmente brancos não são adequados para o trabalho no sol e, segundo o padrão da raça, não se tem notícia de cães totalmente negros. O temperamento do Bulldogue Campeiro é descrito pelo padrão oficial da raça como "vigilante e tranqüilo, com acentuado espírito de luta e companheirismo." Atualmente, além de ser utilizado no trabalho com o gado, atua também como guarda em residências. O plantel nacional, segundo matéria da revista Cães e Cia de Agosto de 2001, estava estimado em mais de 100 exemplares, sendo possível identificar 10 linhas de sangue. TALHE Para saber mais: http://www.buldoguecampeiro.com.br/
O Dogue Brasileiro inicialmente era conhecido como Bull Boxer, por ter sido desenvolvida a partir do cruzamento, em 1978, de uma Bull Terrier com um Boxer. Deste primeiro acasalamento, o responsável pela nova raça, o criador Pedro Dantas, manteve Tigresa e a partir daí iniciou a criação da nova raça, cujo principal objetivo era reproduzir o instinto de guarda e o companheirismo da cadela obtida do primeiro acasalamento. Apesar da nova raça já ser bastante conhecida em Caxias do Sul, pelo seu temperamento e grande habilidade na função de guarda, foi a partir de 2000, com a publicação de uma matéria sobre o então ´Bull Boxer´ que a raça se tornou conhecida nacionalmente e diversos interessados iniciaram o esforço de padronização e homogeinização da raça. O temperamento do Dogue Brasileiro é descrito "ativo, atento e observador, de expressão séria e meiga para com o dono. Equilibrado, apto à disciplina, porém destemido quando provocado ou sob comando." A proposta básica da raça quanto ao temperamento é que ela fosse a mistura perfeita entre a docilidade do Boxer e a coragem do Bull Terrier. Segundo o padrão oficial da raça, o Dogue Brasileiro deve ser um cão de "aspecto sólido maciço e não esgalgado, sem parecer, no entanto, atarracado ou desproporcionalmente pesado. Deve dar impressão de agilidade e força, com músculos muito fortes longos e marcados, dando a impressão de grande potência e impulsão." O pelo do Dogue brasileiro é curto e qualquer cor é permitida desde que o peito seja branco. O plantel nacional, segundo matéria da revista Cães e Cia de Agosto de 2001, estava estimado em 450 exemplares, sendo possível identificar 15 linhas de sangue. TALHE: Para saber mais:
http://www.dogbra.hpg.ig.com.br
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