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Segundo a etiqueta dos beduínos, os Salukis eram ofertados aos amigos verdadeiros como prova de estima e consideração. Com tantas honrarias, os Salukis eram considerados parte integrante do dia-a-dia dos beduínos, e entre uma caçada e outra, partilhavam de suas tendas e mesas.
Os primeiros Salukis foram levados para a Inglaterra em 1830, mas o interesse pela raça só surgiu em 1897, quando Lady Florence Amhersts recebeu de presente um casal ofertado por um beduíno egípcio a um coronel do exército britânico, provenientes da tribo de beduínos Tahawi, do baixo Egito. Desde este período, quando foi “descoberto” pelo mundo ocidental, o Saluki não sofreu grandes modificações. Apesar de sua antiguidade, o Saluki ainda é uma raça rara em todo mundo. No Brasil a raça ainda engatinha, mas já existem alguns criadores da raça em diversos estados.
Originalmente, o Saluki era empregado pelos árabes na perseguição à gazela e na caça a chacais, raposas e lebres, já que é uma raça capaz de atingir grandes velocidades e possui uma excelente visão. Era bastante comum ver Salukis sendo carregados junto com seus proprietários por cavalos, até que chegassem ao local da caçada. Desta forma, preservavam-se as melhores condições do cão para a execução de sua tarefa principal. Com a sua chegada ao Ocidente e não havendo mais a ´necessidade´ de caçar, os Salukis passaram a ser utilizados como cães de corrida e companhia, porém em alguns países a caça ainda é praticada como esporte e existem até provas oficiais específicas para galgos. A aparência esguia, que geralmente dá uma falsa impressão de magreza, não corresponde à resistência destes cães acostumados a desenvolver grandes velocidades em terrenos desérticos. A paixão natural de um Saluki por uma boa corrida faz com que não seja recomendado andar com um exemplar sem coleira. Normalmente são cães capazes de passar longos períodos deitados, tranqüilamente ao lado de seus donos. Amam o confiorto quase tanto quanto às corridas e a caça. São muito discretos com pessoas estranhas e não são do tipo ´festeiro´ nem com as pessoas da família, apesar de, ao seu modo, serem extremamente amorosos com seus donos.
Na escala de inteligência elaborada por Stanley Coren, em seu livro A Inteligência dos Cães o Saluki está na 43ª posição. Mas se o objetivo for um cão obediente no sentido ´tradicional´, um cão que vá seguir todas as suas ordens, o Saluki não é o cão indicado, uma vez que são bastante independentes, companheiros fiéis que vão apreciar a sua companhia, mas altivez típica da raça não lhes permite que façam “truques” e micagens. Eles são suficientemente inteligentes para saber o que você está pedindo, e suficientemente independentes para não fazê-lo se não acharem que devem. Apesar de existirem nos Estados Unidos alguns Salukis bem sucedidos nas provas de Obediência (e até Agility), esse não é o seu forte.
Salukis são cães muito sensíveis e têm boa memória, por isso as repreensões devem ser muito bem dosadas. Por ser um cão inteligente, ele rapidamente vai compreender o que pode e o que não pode. Um tom de voz mais alto ou um tapa forte (lembre-se que ele tem uma pele fina e sem gordura) podem magoá-lo tão profundamente que ele passará de algumas horas a vários dias fazendo-o sentir-se culpado, e eventualmente até guardar um ressentimento pela vida inteira.
O Saluki possui 2 variedades: a de pelo longo e a de pelo curto. A grande diferença entre elas, na verdade, é a presença de franjas no rabo e nas orelhas. O pelo é suave e possui uma textura sedosa; com franjas nas orelhas, cauda, na parte de trás dos membros e das coxas, entre os dedos dos pés. Franjas na garganta podem eventualmente estar presentes em cães adultos. Filhotes podem ter discreta pelagem lanosa nas coxas e nos ombros. A variedade de pêlo curto não tem franjas. Todas as cores e combinações de cores são permitidas, mas não é desejável a cor tigrada. Em geral são cães fortes, resistentes, quase rústicos (pelo próprio histórico de sua origem!), porém há vários casos de problemas congênitos de coração - alguns levando à morte súbita de cães jovens (entre 2 e 7 anos, ou então neonatos), outros apenas manifestando-se como aumento do músculo cardíaco, sem maiores conseqüências, e que ainda não está totalmente esclarecido se é normal da raça ou se é uma anomalia. |
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