A
origem do Staffordshire Bull Terrier é relativamente
consensual entre os historiadores e criadores. Eles teriam surgido durante o
século XVIII, no Condado de Staffordshire, na região central da Inglaterra, a
partir do cruzamento de Old English Bulldog, Old English Terrier e, outros cães
tipos de Terriers ingleses. O objetivo dos criadores era desenvolver um cão que
fosse forte e muito resistente, já que era destinado a participar das rinhas de
cães, que cresciam em popularidade na Inglaterra.
Inicialmente era conhecido como BULL AND TERRIER
depois Bull Terrier, até que finalmente foram batizados de Staffordshire Bull
Terrier, em homenagem a sua região de origem.
Em 1870, alguns exemplares foram levados por colonos
europeus para América, onde passaram a atuar nas fazendas como protetores de
pessoas e propriedades, sendo que alguns chegavam mesmo a cumprir a função de
pastoreio de rebanhos. Estes cães acabaram dando origem a duas outras raças, que
seguiram caminhos bastante distintos: de um lado, o American Pit Bull Terrier,
cuja seleção era mais direcionada aos combates e, de outro lado, o
American Staffordshire Terrier, que tinha como
objetivo as provas de conformação e era muito utilizado para a guarda.
O Staffordshire Bull Terrier foi reconhecido como
raça independente pelo The Kennel Club Inglês apenas em na década de 30 e o
padrão oficial, que é adotado pela FCI até hoje é datado de 1939. Nos Estados
Unidos a raça foi reconhecida em 1978.
Apesar de
sua antiguidade e de ser bastante popular nos Estados Unidos, Inglaterra, África
do Sul, e Austrália, no Brasil a raça ainda está se desenvolvendo, sendo que os
primeiros exemplares chegaram apenas em 1999 e a primeira ninhada em 2000.
Personalidade
Os Staffbulls, como são conhecidos, são cães de grande agilidade e
disposição. Seu porte pequeno faz com que possam viver em praticamente qualquer
espaço, até mesmo em apartamentos, desde que tenham atividade física regular e a
presença constante de seus donos.
Como todos os
Terriers, são cães especialmente corajosos e com altas doses de energia, mas, ao
contrário da maioria dos Terriers, são quietos e não latem desnecessariamente.
São cães muito resistentes e por isso capazes de acompanhar com
facilidade qualquer atividade física com seus donos, sendo especialmente
indicados para participar de provas como agility, flyball e caminhadas e
passeios de bicicleta.
São cães que se relacionam bastante bem com pessoas de todas as
idades, sendo bastante tolerantes com crianças.
Com outros cães e animais, assim como a maioria da família dos
Terriers, a convivência é mais complicada, especialmente se envolver cães do
mesmo sexo. Os machos tendem a ser bastante dominantes e se encaram uma disputa
com outro cão costuma levar a briga bastante a sério, um traço de seu histórico.
Por se
tratar de um cão muito apegado ao dono, não suporta bem longos períodos de
solidão, nos quais pode usar sua inteligência para aprontar grandes bagunças. Na
classificação do estudioso Stanley Coren, publicada no livro ‘ A
Inteligência dos Cães’,
ocupam a 49ª posição entre 135 raças pesquisadas.
O Filhote
Como todo terrier,
os Staffordshire Bull Terriers precisam ser estimulados à obediência desde cedo,
caso contrário podem desenvolver um traço forte de personalidade dominante e
sair do controle do dono.
Também é
fundamental a socialização do filhote não apenas com outros cães como também com
pessoas e ambientes.
Se um cão adulto precisa de espaço para atividade e supervisão, o
filhote necessita, além disso, de muita autoridade e de limites claros desde
cedo.
Aulas de obediência, de preferência realizadas pelo próprio dono,
são essenciais para o bom convívio futuro com o Staffbulls.
Ao contrário
das raças aparentadas, o padrão oficial do Staffbull determina que as orelhas
sejam mantidas íntegras.
Problemas comuns à raça
O
Staffordshire Bull Terrier não preocupa muito seus donos com relação à sua
saúde. Além de seu pelo curto exigir poucos cuidados para se manter limpo, o
Staffbull come relativamente pouco e no geral tem boa saúde.
Em países em que a raça está mais
desenvolvida e difundida, os criadores tomam especiais cuidados com a incidência
de algumas doenças genéticas como:
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