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![]() Segundo historiadores, os magiares, povo nômade composto basicamente de caçadores e cavaleiros, instalaram-se na região da Hungria em 836 e possuíam cães sabujos e galgos que seriam os ancestrais mais prováveis do atual Braco Húngaro ou Viszla como é conhecido. A pelagem amarelada seria uma herança de outro cão de caça que teria acompanhado os otomanos em 1562 e o Sloughi, galgo árabe utilizado pela aristocracia Magiar como cão de aves e que teria contribuído para a velocidade do Viszla. O termo Viszla só começou a ser empregado para designar os cães da raça a partir do século XVII.
Ainda nos anos 30, surgiu, através da infusão do sangue do Braco Alemão de Pelo Duro, o Viszla de Pelo Duro, desenvolvido para atuar em condições mais difíceis em terrenos mais árduos e mais adaptado para busca de caça na água. Com a segunda guerra mundial, a raça sofreu bastante e o plantel só começou a se reconstiuir nos anos 50, o que explica, em parte, sua chegada tardia aos Estados Unidos. No Brasil, a raça está presente, apesar de contar com um número reduzido de criadores e entusiastas.
O temperamento do Viszla, como da grande maioria dos cães apontadores, é marcado pela docilidade e facilidade de aprendizado. Muito obediente e apegado ao dono, vai obter um melhor desempenho no adestramento se este for conduzido pelo próprio proprietário.
O Viszla possui um comportamento estável e
brincalhão, sendo um cão ativo e que necessidade de espaço para exercitar-se
com regularidade. Na caça desempenha um aponte seguro e é também um excelente
recuperador, característica que o faz um cão completo. Apesar do tamanho - é o
menor dos bracos - é um cão bastante rápido na batida do terreno e a busca é
feita utilizando-se o faro extremamente sensível que herdou de seus
ancestrais. Sua constiuição física e grande resistência, faz com que possam acompanhar seus donos em caminhadas e corridas assim como atuar com desenvoltura em provas de agility. Sua pelagem curta é densa e grossa, protegendo-o das intempéries do tempo, mas não se trata de um cão que deva dormir ao relento sem abrigo Por ser um cão bastante apegado ao dono, também não é adequado para aqueles proprietários que precisam se ausentar por longos períodos de tempo. Assim como todos os cães de caça, é importante que os filhotes sejam adestrados desde cedo para que possam atuar bem na função, potencializando o enorme instinto que a raça apresenta. São cães que aprendem com relativa facilidade os hábitos de higiene e com uma energia invejável são capazes de passar horas às voltas com as brincadeiras, especialmente aquelas que "simulam" a atividade de caça, como correr atrás de objetos. Na escala de inteligência elaborada por Stanley Coren, em seu livro A Inteligência dos Cães o Viszla aparece está na 25ª posição, atrás do Braco Alemão (17ª) e bastante a frente do Pointer Inglês (46ª posição) .Uma boa dica para quem pretende ter um Viszla como cão de companhia é procurar adquirir filhotes cujas linhagens tenham sido desenvolvidas mais para exposições do que para a caça, o que pode originar filhotes relativamente mais calmos. O corte da cauda, caso seja feito, deverá ser realizado 3 ou 4 dias após o nascimento dos filhotes. No entanto, os países europeus, em sua grande maioria, veta o corte da cauda em todas as raças.
O Viszla é um cão bastante rústico com poucos problemas de saúde.
Atrofia ou Displasia da Retina, uma degeneração das células da retina. |